domingo, 1 de março de 2009

UM BRINDE A CERVEJA

Um amigo meu me disse uma vez, que seu primo estava em um bar tomando uma boa e gelada cerveja, em uma roda de amigos logo após terem saído de um dia duro de trabalho. Quando já estavam, dentro do boteco, contando piadas e conversa de boteco mesmo. Ate que depois de um determinado tempo que estavam, lá. Viram uma confusão se formar e de repente foi aquele corre, corre, por todo o bar. O que tinha acontecido era uma briga envolvendo dois policiais militares que estavam ali de folga e relaxando como todo mundo que se encontrava por ali. Logo que o tempo foi passando viaturas, tanto da Policia Militar quando da Civil foram chegando e cada um defendendo os seus colegas de profissão. Nisso passado algum tempo entro no bar um rapaz chegou ate o caixa anunciou que era um assalto e roubou o dinheiro do caixa sem que os policiais e os clientes percebessem. Logo o bandido foi embora, e em quanto isso os policias continuavam a discuti. Ate que um dos garçons foi ate eles e falou o que tinha acontecido. Na mesma hora eles foram atrás do bandido.

Após toda a confusão acabada esse primo de meu amigo, continuou lá tomando uma bela de uma cerveja, resolveram fazer um brinde em homenagem, ao bandido que foi a seguinte “ ainda bem que ele só roubou o dinheiro do caixa imagine se ele tivesse roubado a cerveja?”.

domingo, 9 de novembro de 2008

MEU TIPO INESQUECÍVEL

Sempre que ia passar férias na fazenda, lá estava ele, sentado no fogão de lenha, com seu cigarro de palha na boca. Conhecido como Antonio do Zecá Vaz, havia tido 12 filhos um morreu lá pelos seus 20 anos, se chamava Raimundo ou tio Raimundo. Seu Antonio do Zecá Vaz, que carinhosamente chamávamos de vovô, foi uma das pessoas criadas na terra que viveu para plantar e colher os frutos que ela oferecia. Vovô, que sempre gostou muito de tirar leite, montar a cavalo e tudo que se possa imaginar que um fazendeiro de raiz faz.
Adorava fumar um pito de palha e contar histórias da época da ditadura. Sempre contente da vida, falava das viagens que tinha feito, cariando nas estradas de terra até Jeceaba para vender capado e açúcar. Vovô era do tipo de pessoa que vivia rodeado de amigos. Nas noites frias da fazenda, sempre gostou de jogar baralho. De manhã, quando o galo nem tinha cantado, lá estava ele com o balde e uma tira de corda, para tirar o leite das vacas. Eu, que adorava observar, ficava atento em cada detalhe do que ele fazia.

E como Vovô gostava de comer, adorava um leite com angu depois do almoço, é claro que, depois da barriga cheia, ele preparava o canivete para fazer um bom pito de palha. O tempo passou e sempre que voltava lá, Vovô estava sempre com aquela carinha boa e sorridente. Mas há o momento em que a vida chama a gente; assim, Vovô foi se entregar aos braços de Deus. Morreu aos 97 anos e uma frase que não saiu da minha cabeça, no momento do velório, foi o que disse meu tio: “Foi-se um homem. Ficou-se um nome”.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Prólogo do filme "O Libertino"

Permitam-me que seja franco
antes de começar
Não vão gostar de mim.
Os cavalheiros sentirão inveja
e as damas repulsa.
Não vão gostar de mim agora
e muito menos com o decorrer da história.
Damas,
um aviso.
Estou disponível.
Sempre.
Não é uma questão de orgulho ou opinião.
É uma constatação médica.
Digo-o de forma categórica.
E irão vê-lo de forma inequívoca.
(...)
É tudo.
Este foi o meu prólogo.
Nada em rima.
Nenhuma afirmação de modéstia.
Não esperavam isso, penso eu.
Chamo-me Pablo Estanislau.
O Jornalista.
E não quero que gostem de mim."